sexta-feira, 29 de abril de 2016

Enfado




Arrumei o cadarço do tênis, que escorrendo sob a sola de borracha, intimidava o meu andar pelo shopping, e logo refletido, mercadorias e pessoas, logo assumido, do lado dos bons, da parte dos compradores, dos fiéis, dos sensatos, logo junto das felizes moventes gentes, que naquela indeterminada hora, exibiam todos alegres suas satisfações e enfados.
Não via a vista na chegada, somente quando o ônibus virou a esquina e na ponte, entre os intervalos, a cidade, a vida, a cortina se abriu.

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