sábado, 19 de novembro de 2011

Quando Adão cavava e Eva fiava.


E a natureza, em comunhão com os homens, distribuía os seus frutos em profusão, sem nenhuma distinção ou usura, com os seus múltiplos verdes cobrindo as matas, e os rios escorrendo suas aguas cristalinas por entre os campos em flor.
Felizes e plenos, os homens anunciavam nomes e mais nomes para cada nova criação, designavam lugares e apontavam direcoes e pontos cardeais, e para cada lado ou destino, o caminho escolhido era sempre a melhor escolha e opcao.
Sem prejuízos e dores, o trabalho era leve, o alimento era farto, saudável, constante e o tempo aprazível e temperado, mesmo quando as chuvas irrigavam, sob as múltiplas cores do arco íris, as plantações e os pastos, onde os animais e as aves faziam seus ninhos e protegiam as suas reproduções.
Nos altos das montanhas, rolavam nuvens brancas, enfeitando o perfil do horizonte.
Quando Adão cavava e Eva fiava.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Medo e esperança na política



Viver sob o medo e na esperança e’ viver na dúvida quanto ao porvir humano. Entre o medo da morte e a esperança de vida, se configuram duas vias para a instituição do político, conforme o medo seja mais forte ou a esperança sobreponha o medo. 
Existem dois medos. 
O medo animal da solidão que leva os homens `a cooperação imposta, através da regulação legal e da violência e o medo virtuoso dos cidadãos que leva os homens `a vida em comum, através do amor e da política.
A finalidade da política, segundo Espinosa e’ a liberdade e a segurança. Visto que a segurança e’ o aparato jurídico e policial, obtida através e por meio da repressão dos cidadãos e externamente através da guerra, normalmente opomos liberdade e segurança, livre arbítrio e contingência. 
Porém a soberania política só e’ possível na segurança coletiva, que pressupõe a desaparição do medo e da esperança, ambos marcados pela dúvida e instabilidade. A autonomia e segurança pressupõe a capacidade de não nos submetermos `a contingência cega, não se opondo  necessariamente `a liberdade pessoal e publica.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estrelas


Ha’ momentos em que os homens sao senhores do seu destino.
 O erro, meu caro Brutus, nao esta’ em nossas estrelas , mas em no’s mesmos.
Julio Cesar. 
Shakespeare