sexta-feira, 18 de março de 2022

sem mais


 

de cara para o vento, sul, que me traz a chuva e o

frio, 

recolho o tento, o jeito, o gosto da

boca.

 

sibila a janela, desvia o fósforo que não acende 

apagado, seu corpo

molhado, 

e a toalha no chão.

 

quando não há o que mais sentir, somente a pasta, a pílula, o pão, de cada

dia, e o cheiro de ovo, o café coado, o leite como sempre,

derramado sobre o guardanapo de 

linho.

 

sem mais, preciso ir.

 

13.12.2021

 

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