As aranhas me ocupam o estômago,
zumbem,
as marcas do ódio, da raiva,
da intolerância.
Profundamente,
deixo escapar o gosto de fel e desgosto.
Como entender?
As aranhas me ocupam o estômago,
Caberia conter um limite, um único recorte,
um jeito de ser,
um modo, um mundo, um meio,
transbordar o gosto, o gasto tapete,
o fracasso encontro e a longa solidão, diria,
incontáveis partes e riscos,
retalhos, desfeitos.
esforços movem as margens, esticam as molduras, saberia
a hora e o caminho?
5/ novembro/ 2021