Doía, em cada perna, em cada braço,
em cada cabeça pulsava uma pressão desmedida.
Sofria a cada palavra, infame, em cada ódio, em longas
tiras,
em cada gesto de força, socos nas mesas e nos ares,
em cada dura pancada, em cada grito.
Então devia, mas não, se encolhia,
quando o medo e o desespero deixam exalar
a dor,
o sofrimento, no limite da morte, e
as agudas agulhas penetram, ponto a ponto, em toda
articulação.
Fugia, passos, correria, e cinzas as estradas não mais
levavam a mais nada, a nenhum mais sentido, direção.
Direções.