ninguém,
nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas
e.e.cummings
quando
o isolamento, o corpo enfrenta o mal, cidade, recolho-me ao pequeno, estímulo
e gosto, de molduras poucas e poucos toques, viajo em torno do quarto,
quando
olho para atrás, aos lados, assustado, antecipo seu prematuro desaparecimento e
fugaz, desconfio, que na arrumação apressada estão faltando peças ou deixado
deslocado o arranjo anterior,
quando
não importa as infinitudes do olhar, a profundidade da paisagem, dobro aposta ao
fundo enevoado do mar,
aconteço.
Abril
2020