Ia e vinha
E a cada coisa perguntava
Que nome tinha
Sophia de Mello Breyner Andresen
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Olhos
Cansam-me os olhos de tanta falta,
De tanta ausência,
de sol,
ao limite de ti.
Cobertos os cabelos
esconsa a face,
em negro capuz,
na chuva, na rua, na noite,
e
sorrindo a todos os passantes, incluo-me,
Alegre tento.
Novembro 2018
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
tempo
De costas para o maciço, para as matas, para o interior a ser desbravado, a cidade ocupa o outeiro, onde a torres das duas igrejas, catedral e são Gonçalo, se enfrentam frente a frente.
Enquanto isto, um navio aguarda sua carga no canal, e o aterro do campinho, o novo parque urbano, ordena as ruas, disciplina o espaço para um pretendido novo tempo.
Ao fundo, o oceano, infinito, intemporal, encerra o tempo e o quadro.
Ao fundo, o oceano, infinito, intemporal, encerra o tempo e o quadro.
terça-feira, 1 de maio de 2018
À Espera dos Bárbaros
O que esperamos na ágora reunidos?
É que os bárbaros chegam hoje.
É que os bárbaros chegam hoje.
Konstantinos Kaváfis
abril
Abril é o mais cruel dos meses, germina
Lilases da terra morta, misturaMemória e desejo, avivaAgônicas raízes com a chuva da primavera.
t.s.eliot
Lilases da terra morta, misturaMemória e desejo, avivaAgônicas raízes com a chuva da primavera.
t.s.eliot
sexta-feira, 23 de março de 2018
Pouca coisa dita
Em
cada dia e dia, e pouco sonho,
De
digital consumo, pouco prazer e deslocados sentidos na pressão das coisas,
Diante
de gentes feitas e futuros gestos.
Acompanho,
atento, os deslocamentos,
Esqueço,
perfeito, as duras memórias,
Amanheço, desperto, corpo a corpo com a renovada
vida.
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